Costa Web Novel: Décimo Capítulo - M.A.D

28.3.14

Décimo Capítulo - M.A.D

Seu relógio marcava sete horas e vinte e três minutos da tarde. Estava sentado na beira do passeio de alguma rua que ele não sabia como ali tinha chegado. 
Sua cabeça doía e sentia-se faminto. Não sabia onde estava e como chegaria a casa, nem mesmo onde estariam seus pertences.
Mia, a culpa era de Mia. Porque ela não tinha escolhido declarar seu amor em outro lugar, estava se tornando um homem capaz de cumprir suas promessas, mesmo que elas estavam sendo muito difíceis de concretizar.
Seu olhar, aquele último olhar. Seu coração quebrou naquele momento e não quando ela beijou o namorado. Mas sim com aquelas palavras e aquele olhar que cortava em pedaços pequenos seu coração. Tinha magoado ela, e doía, doía, estava doendo.
Onde estava o rapaz que não se importava com que as pessoas achavam e diziam sobre ele. O rapaz que olhares só lhe interessavam quando existia sexo no final da história, que indirectas eram como se ruídos para seu ouvido.
Onde estava? Talvez longe, muito longe daquela rua suja e quase sem asfalto, iluminada por alguns apartamentos que cujo os proprietários tinham pago a luz. Ele não era o mesmo, ele já não agia como antes, não havia controle, não havia limite, ele sentia e arrancava, não da maneira mais correcta, ele sabia, mas era da única maneira que ele era capaz de apagar seus sentimentos.
Como alguém podia lhe amar? Como Mia podia amá-lo? Ela merecia muito mais que um rosto, que um corpo. Ela precisa de um homem, um homem que lhe faria viajar pelos contos de fadas que ela sempre gostou quando nova, que lhe fizesse viver um romance como os que ocupavam as prateleiras de seu quarto, ela precisava algo melhor que um monte de barro, um monte de pedras, que ela já carregava a algum tempo, mas que agora sua quantidade havia aumentado.  
Levantou-se meio desorientado, ainda não reconhecendo onde estava, sem conseguir lembrar o que acontecerá. Divagava pelas ruas durante 30 minutos já. O céu estava nublado, e escuro pois o sol já se punha.
Em fim, reconheceu um dos prédios naquela área suburbana, de onde aparentemente tinha vindo. Olhou para o seu relógio reparou que tinha perdido um dia da sua vida. Aproximava-se enquanto que o som da música que daquele fim do mundo saía aumentava. Tony, era casa de Tony.
- Onde tu estavas? – Perguntou Tony rindo-se histericamente, apoiando-se na porta entre aberta de sua moradia. Tinha os olhos inchados e avermelhados, e fazia movimentos lentos como se estive-se sonâmbulo, efeito da droga, e quase não se percebia o que ele dizia. Mas por motivo nenhum ria-se continuamente, feito uma hiena. 
Abriu a porta no tamanho suficiente para Tiago passar.
- Por aí! Preciso do bom produto, Pincho, vida! – Respondeu Tiago sentando-se num sofá onde estavam várias pessoas contribuindo para o aumento do índice de gravidez precoce. 
Vida era o nome estranho que eles davam à cocaína, pois ao contrário da maconha colocava-o com alto astral, e com vontade de viver de novo.
O apartamento estava lotado, o fluxo de pessoas só aumentava com o escurecer da noite. Briga,  ambiente de sexo, dança, strip, música, chicha e o resto.
- Por favor, deixa-me! – Exclamava evasivamente uma voz miúda. 
Parecia que alguém estava no quarto dos fundos, mas não identificava-se se era um apelo ou brincadeira de cama. Aproximou-se. 
Sim, era um pedido de ajuda. Ela continuava a exclamar meio abatida, como se sem forças.
 Mia. Era Mia. 
Andava depressa. Passou seu braço direito pelo seu nariz limpando o pó que expirou.
-Cala a boa sua puta! - xingou um homem - Era isso que você sempre quis! – Ouviu uma voz nojenta que gemia ao mesmo tempo.
Tiago passou-se. Maldito o homem que estava agredindo sua pequena. Mas por sua vez, não deixava de questionar o que Mia estaria a fazer num ambiente destes, o ambiente que ela dizia sempre para ele não frequentar.
"Claro!" Pensou. Como se uma luz de inteligência tivesse acendido em sua cabeça. Ela estava ali por amá-lo, veio salvar-lhe como ela as vezes fazia.
Os gemidos do outro lado aumentavam, e cada gemido fazia crescer sua raiva e vontade de devorar a presa. Mas a fechadura não facilitava a entrada. Ele dava ponta pés, empurrões, fazia tanta confusão mas ninguém fazia caso. Cada um no seu lugar. Em fim abriu-se. Não via corretamente, mas o que conseguia se aperceber ele sabia que nunca ia esquecer. Estava uma rapariga com os cabelos castanhos presos num coque desleixado, com um tope e uma mini-saia. Sua face estava avermelhada e seu nariz sangrava minimamente, mas notava-se. Por cima dela estava um rapaz que estava nas nuvens. Parecia um caloiro no exercício contudo agressivo, lambia-lhe toda e forçava sua mão direita dentro de sua saia.
Nunca isso poderia imaginar ver. Mia, a sua pequena Mia, estava a ser violentada e por causa dele. Pois ela só ali estava por causa dele.
Perdeu totalmente a razão. O rapaz assustou-se com a presença de Tiago. Não percebia porque tanta raiva, era apenas uma putinha que não interessava a ninguém.
- Meu! qual o teu problema? Não estas a ver que é meu lugar! – Falava o garoto feito pintainho molhado. Sentou-se rapidamente quando assusta com um pontapé na cabeça. Tiago agarrou-lhe pelo pescoço levantando-o e jogando contra a parede, libertando a pequena de todo aquele peso cujo aproveitou a ocasião e engatinhou para o outro lado do quarto, pois não tinha forças para andar ou correr, fora molestada. Tiago distraiu-se, olhou para esquerda diminuindo a força nos seus dedos que quase arrancavam a garganta do rapaz que não ia aceitar uma coisa destas, estava sem ar, mas teve sorte. Aproveitou a distração de Tiago pegou no candeeiro de vidro e almejou sua cabeça. Tiago caiu ao chão e ficou tonto. O moço começava a andar para sair daquele quarto pensado que acabou contudo quando Tiago agarra seu pé esquerdo e puxa-o com tanta força que ele cai partindo uma mesa pequena de madeira com a cabeça. Tiago levanta-se estava transformado. Deu-lhe ponta pés contra o estômago fazendo o caloiro vomitar sangue. Ajoelhou-se e continuou enforcando o rapaz que quase perdia a respiração. A rapariga viu que era demais. Tentou defender o morto-vivo segurando o braço de Tiago.
-Mia deixa-me! – Gritou. – Ele vai pagar pelo que fez. – Continuou sentido a atrapalhação da moça. Ela chorava , não por pena, mas porque tinha medo. Medo dele.
- Olha,eu não quero saber sobre ti, eu vou embora pode matar ele mas não fui eu quem mandei. – correu para fora do quarto pegando sua bolsa vermelha.
Desviou o olhar para a pequena, aquela voz, aquela atitude, aquele corpo. Não era Mia. Não era Mia. Assustou-se sentiu-se no fundo do poço. Não sabia o que tinha acontecido, pois era Mia que ele defendia, mas se ela era aquela moça, e aquela moça não era Mia. Ele não tinha defendido sua pequena. Como pode ele confundir aquele lixo com a garota mais meiga que conhecera.
Pincho ou Tony como todos conheciam, entrou no quarto. Seus olhos pareciam estar alucinando. Tiago estava sentado tremendo, sangrando na cabeça, olhando para alguém que estava no chão ao lado dele. Morto?
Conseguia ouvir o som da sirene, mas o que  mais atormentava-o era o facto de ele ter morto alguém.
- Tony, eu matei, eu matei, eu matei - dizia trêmulo, repetindo vezes sem conta. Acabado. 
- Cala boca, vamos sair daqui. – Respondeu Tony. – Ele respira - disse depois de verificar o corpo inanimado ao lado do amigo - Os bófia estão aí tratam dele.
- O que eu faço Pincho? Não posso ir para prisão - disse desesperado 
Tony tirou-o do quarto deixando aí o rapaz. Todos estavam fugindo ao aumentar do som da sirene. Saíram pela traseira. Onde Tiago viu sua mota. Procurou rapidamente as chaves pelos bolsos. Assim que removeu do bolso, Tony tirou de suas mãos. Subiram os dois e sumiram daquelas bandas. 
- Tony porquê que a policia foi em tua casa? Foi por minha causa? – Perguntou Tiago preocupado.
- Não alguém chamou a polícia, você não era o único tentando matar alguém.
- Cala a puta da tua boca, caralho – Respondeu fazendo o amigo acelerar o motor a 100km/h rindo – Não esquece que é tua casa cabrão, é bom que não encontrem nada.
- Rapa eu caio você cai junto - disse rindo de seguida junto com o amigo. 
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Olááááááááááááááááááááá! 
Hoje estou Muito, Mas Muito Feliz.
Aniversário de 3 anos de Namoro.
Tinha Mesmo que Postar Hoje. 
O capítulo não é um tanto especial quanto o significado deste dia para mim. 
Porém.... 

Diana: A Elda ainda me mata se faço spoiler, mas acho que irás gostar menos ainda em breve (acho que não falei tanto) Acredita que essa nota é muito importante para nós. Obrigada. Agora vou ao teu blog, ainda nem li ou comentei porque estava na universidade. Beijos.
E&E

5 comentários:

  1. embora não tenha sido um capitulo muito feliz, foi um bom presente de aniversario, obrigada

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  2. Não parecia que nos Escrevemos, dava medo o que acontecia, mesmo que tudo era o que vinha da nossa cabeça!!! Mas uma má vibe não faz mal a ninguem! Fortes emoções ainda estam para vir!!

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  3. Estou ansiosa para o comentário de Diana!! Cadé você??

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  4. Eri posta logo mulher do céu.
    Perfeito, perfeito <3

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    1. Na sexta apenas querida :) acho que o próximo é grandão

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