Olá Pessoal , Nós E&E , estamos de volta...
Feliz ano novo!!!
Pois é ! Novo ano, novas ,escolhas, novas perspectivas, logo, novos capítulos!! Especialmente para vocês...
Pedimos muitas desculpas pela ausencia, não é sempre muito fácil estar presente.
E como pedido de desculpas, publicaremos um capítulo agora e o proximo amanha!
Beiãaao XOXO
Doía, tudo aquilo doía
nele. Doía pelo amor que sentia, doía pelo amor não correspondido, doía por não saber o que vinha depois, doía por saber que poderia não haver depois, doía por querer ser amado, doía por não ter certeza se seria amado, doía por ele tê-la, doía por ter tido ela, doía ainda mais por ter perdido. Tudo doía, existir também, mas ela tinha dito que passava, e ele acreditava naquilo. Iria passar, iria parar de doer, iria parar de chorar, iria parar algum dia. Doía ainda mais porque ele tinha certeza que nunca iria parar de ama-la. Isso nunca seria mudado com o tempo. Estava sendo um idiota, um homem bonito e que dentro de meses estaria formado, inteligente, charmoso e um sucesso com os pais, ele apenas sofreria se quisesse, e também tinha Chila, que apesar de nunca tir dito, sabia que se ele quisesse ela estaria disposta a fazê-lo esquecer Mia, mas isso é impossível, Mia é eterna para ele. Enxugou as lágrimas que corriam pelo seu rosto, rindo por lembrar-se que “homens não choram” e ali estava ele, com uma garrafa de cerveja na mão, caminhando até a porta. A porta, uma porta que deixava ver alguém do outro lado que Batia ansiosamente. Sabia que seria um sonho se fosse Mia que tivesse do outro lado, e não era. Deixou a morena abraça-lo, apesar de não querer que fossem os seus braços envolvidos em seu corpo. Apeteceu-lhe chorar mais ainda, mas não o iria fazer, as lágrimas não mudariam nada, não a trariam de volta e nem iriam fazer com que ela o amasse como ela o ama. Teria de aprender a ficar feliz com aquilo que tinha e não com que desejava. O que ele tinha não era assim, tão mau, um futuro promissor, e milhares de hipóteses de ser feliz, também tinha ali Chila abraçando-o, por pena, compaixão ou até mesmo alegria, ou as três. Se fosse ele, estaria feliz se Tiago não corresponde-se os sentimentos que Mia sentia. Seria uma nova oportunidade para ele, e isso fez-lhe sorrir.
- Estou bem – disse ao fim de uns minutos. Reparou que os olhos castanhos mais claros que o tom da pele da morena varriam cada centímetro de seu apartamento. Aquele espaço dizia tudo menos que ele estava bem. Tinha tudo fora do lugar e muitas peças de decoração quebradas, tinha garrafas e latas de cerveja espalhadas pela mesa de centro de madeira e pelo chão. O que chamou demasiada atenção a Chila, foi o slide que passava na televisão. Mia, Mia, Mia.
- Você a ama assim tanto? – A sua voz saiu
mais fraca do que pretendia – Mesmo depois dela ter-te trocado por outro –
encarou o homem ao seu lado. Diego não respondeu, não havia porquê responder
quando ela já sabia a resposta. - Você sabe que não há mais nada porque lutar –
avisou-o.
- Não disse que iria lutar.
- O que você vai fazer? – Questionou-o.
- Viver, continuar a
viver – mentiu.
- Chila?! – Olhou pela
primeira vez para a rapariga.
- Eu amo-te – ela
disse – Eu posso preencher esse vazio que ela criou – declarou sem importar que
estivesse a humilhar-se mais uma vez.
- Não há nenhum vazio
para ser preenchido – respondeu-a,
- Não mintas – pediu a ele, analisando agora o
estado do rapaz que ela amava.
- Tu não queres ouvir
a verdade – informou-a.
- Tu pensas que sabes Chila, mas não –
aumentou seu tom de voz – Se soubesses tu não estarias aqui – avisou.
- Eu sempre vou estar aqui, ainda mais quando
eu sei que posso curar o que ela fez – disse.
- Não podes, nem que eu quisesse – disse –
Porque eu não quero e nem preciso de outro amor se não o dela,
- Quando você vai
perceber que ela nunca será e nem nunca foi tua – Chila disse fria, tentando
abrir os olhos dele – Eu posso ser, eu quero ser, eu até já sou – confessou.
- Não faças isso –
pediu a ela.
- Eu quero-te, eu amo-te, tu serás sempre a
minha prioridade, serás sempre o meu refúgio – disse Chila aproximando-se de
Diego, colocando suas mãos sobre o peito dele. – Fica comigo – pediu.
- Não posso, agora eu não posso – informou
para a morena que chorava diante a ele, humilhando-se pelo que sentia – Tu
devias parar – pediu.
- Não tem como parar
se te amo – disse afastando-se do homem diante a ela, passando as mãos
bruscamente pela face secando o rosto.
Diego não pensou duas vezes antes de sair de
seu apartamento. “ Não tem como parar se te amo”, frase de Chila passava
repetidamente em sua cabeça. E vezes sem conta, durante o caminho que
percorria. Se ele a amava, ele não podia desistir, até porque Mia em momento
algum disse que não o amava, o que deu-lhe esperança enquanto as palavras de
Chila se repetiam em sua cabeça, ele poderia lutar sim, porque havia alguma
coisa por que lutar. Mia amava-o, não tanto como amava Tiago, mas amava-o.
Estacionou o carro do outro lado da rua diante a vivenda que tinha passado
momentos muito especiais nela. Viu Mia no alpendre, sentada na escada com os
olhos fixos em Tiago, atenta não somente no que ele dizia como nos gestos que
ele fazia, exactamente como ele ficava quando ela falava alguma coisa. Os olhos
dela dirigiram-se a ele, assim que ele saiu do carro provocando um barulho alto
e involuntário enquanto fechava a porta.
- Diego – Mia
levantou-se surpresa e caminhou até ele, impedindo que ele completa-se o
caminho até onde ela estava – O que fazes aqui?
- Exacto, o que fazes
aqui? – Questionou Tiago começando a estar irritado. Como se não bastasse as
inúmeras ligações que ele tinha feito para Mia, algumas depois da conversa
deles, ainda foi lá ter com ela
- Eu só preciso falar
– avisou Diego com os olhos cheios de lágrimas, justificando-se mais para Tiago
do que para Mia.
- Você está bêbado? – Mia questionou
indignada, Diego nunca bebia, ainda mais embebedar-se .
– Desculpa – lamentou
sentindo o peso da culpa transbordar sobre si .– Desculpa – disse mais uma vez,
abraçando o rapaz que tinha diante a si, que ocupava um lugar demasiado
especial em sua vida.
- Não lamentes pequena
– disse apertando-a mais contra ele, ignorando ambos a presença de Tiago ali.
Desconfortável aquilo era, mas Tiago sabia que não havia nada a temer, Mia
nunca escondeu dele o carinho que tinha por aquele idiota que ele por mais que
tentasse não conseguia simpatizar-se, sabia que sua namorada estava sofrendo
por ele estar sofrendo, mas não o transmitia nenhuma insegurança, ele sabia que
ela precisava encerrar aquilo, e quando Diego passou o resto da tarde ligando
para ela, sabia que ainda não estava nada encerrado. Passou uma das suas mãos
nas costas da namorada, para acalma-la e também avisa-la que iria embora. Mia
afastou-se de Diego naquele momento e virou-se para Tiago que sorriu para ela e
beijou sua bochecha sussurrando “boa sorte, amo-te” antes de ir embora.
- Não te queria fazer sofrer – disse Mia assim
que Tiago encontrava-se suficientemente longe.
- Eu sei – Diego
acalmou-a, tocando mais uma vez no rosto dela, guardando a sensação e a textura
da pele daquela pequena mulher diante a ele.
– Só queria perguntar-te algo, só isso –
avisou-a.
- Responderei o que
for sendo mais sincera que puder – respondeu Mia.
- Tu alguma vez
amaste-me?
- As coisas seriam
diferentes entre nós, se o Tiago não existisse. – Mia sentiu escuridão assombrar
seu coração por causa da mais cruel verdade saboreada pela sua língua. Pelo
menos era verdade. De seguida Diego sorriu, e foi embora.
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E&E